Enfiaram-se dentro de um prédio onde já tinham vivido havia anos.
Ele pegou nela como a uma noiva e rasgou-lhe a pouca roupa que tinha no corpo. Ela deixou-se ficar sem resposta. Estava disposta a deixar que ele fizesse dela o que quisesse. Às vezes, é bom entregarmo-nos sem resistência.
Ele arrancou os botões das calças, baixou o par de boxers que ela lhe havia oferecido num aniversário que não o dele, e entrou nela. Penetrou-a profundamente, como quem procura um orgasmo voraz. Como quem se quer fundir. Como quem ama desmensuradamente, que tem vontade de tornar dois corpos num só. Entrou e saíu, continua e arrojadamente, ouvindo e excitando-se com os gemidos e sons de prazer que dela estremeciam. Estavam de olhos abertos. Era saboroso apreciar, às claras, o prazer que partilhavam.
Ela entrou nele e agarrou-o pelos olhos. Ele não aguentava o seu olhar. Era um misto de raiva, amor, ciúme, tristeza que ele não sabia entender. Deixou-se, mesmo assim, avassalar por ela e agora, era ele quem gemia e murmurava sons excitantes.
Presos pelos sexos e pelo olhar, observados pelas quatro paredes que envolviam a escadaria onde se amavam, explodiram em simultâneo, soltando gritos de emoção, lágrimas e sorrisos de cumplicidade
Abraçaram-se, ainda quentes.
O elevador estava parado à porta, para levá-los ao terceiro andar do prédio ao lado.
Tiraram, ao chegar, as chaves do bolso e introduziram a escolhida na fechadura. Silenciosamente.
Atiraram a roupa que não traziam vestida para cima de uma cadeira que os observava. Ela percorreu as mãos pelo seu corpo, ainda húmido. Ele olhou-a, pegou-a ao colo, deitou-a na cama e amou-a devagar.
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